Se a Bahia já era marcada na sua história por uma cruz que aqui chegava ao ano de 1500 dando início ao descobrimento do Brasil, agora outra cruz faz história por estas terras. Esta Cruz não é trazida por religiosos – como foi a primeira cruz que aqui chegou – trata-se de uma Cruz trazida por jovens, a Cruz da JMJ, que peregrina pela Bahia remontando a história de fé deste estado e preparando o caminho para a JMJ Rio 2013.
Cruz saíram logo na alvorada, passando pelas ruas de Salvador e chegando ao Senhor d Bonfim
Na manhã deste domingo (18), a capital baiana fez uma grande festa para receber os símbolos da JMJ no Bote Fé Salvador. Milhares de jovens percorreram as ruas da cidade em carreata, passeata, muito louvor, devoção e oração proclamando que a Bahia é, realmente, a terra do Salvador Jesus Cristo.
A peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora, símbolo do encontro mundial de jovens (JMJ), começou bem cedo ainda na rodovia 324 no bairro de Valéria, periferia de Salvador. De lá, seguiram em carreata até o santuário da freira baiana recém beatificada por Bento XVI, Irmã Dulce. Logo na entrada do Santuário, o arcebispo da arquidiocese primaz do Brasil recebeu com emoção os símbolos. Rezado as laudes no santuário, a Cruz e o Ícone foram pelas ruas de Salvador até outro santuário muito conhecido pelos baianos e brasileiros, o Santuário do Senhor do Bonfim.
Jovens levam a cruz em direção ao Santuário do Senhor do Bonfim
Durante o trajeto, as ruas foram tomadas por fiéis que não queriam ficar longe dos símbolos. A presença de Jesus e Sua Mãe eram reais no meio dos jovens. A Cruz e o ícone de Maria relembravam este jovens que existe uma alegria perene e duradoura, que vai além das euforias geralmente mostradas nos carnavais baianos.
Mas pra quem pensa que a peregrinação da Cruz foi só musica e agitação está enganado. Momentos de oração pedindo a libertação dos jovens foram conduzidos ao longo do percurso. Numa capital onde o índice de violência e assassinato de jovens cresce a cada ano, a Cruz da JMJ se apresentava como sinal da esperança e paz.
Logo na chegada da Cruz e do Ícone ao santuário do Senhor do Bonfim, Dom Murilo presidiu a eucaristia de acolhida da Cruz. Em sua homilia recordou que a cruz já não é mais sinal de vergonha ou condenação, mas de vida e esperança, sobretudo para os jovens baianos.
“Para muitos jovens a vida termina de forma violenta muito cedo. Outros se arrastam pela vida sem esperança por falta de condições básicas para viver ou porque não conheceram Jesus Cristo”, ressaltou o arcebispo que também chamou á responsabilidade os jovens cristãos ali presente: “você que é jovem tem a grata responsabilidade de ser um sinal de esperança para outro jovem”.
Dom Murilo ainda ressaltou o gesto generoso de João Paulo II entregando aos jovens o ícone de Nossa Senhora para que também ela os acompanhasse nesta peregrinação. “O papa João Paulo II quis que este Ícone fosse junto com a Cruz para mostrar que onde está a Cruz de Jesus ali está a Sua Mãe dizendo ‘fazei tudo o que ele vos disser’.
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